LIBERDADE


"Aqui nesta praia onde não há nenhum vestígio de impureza, aqui onde há somente ondas tombando ininterruptamente, puro espaço e lúcida unidade, aqui o tempo apaixonadamente encontra a própria liberdade."

Sophia de M. B. Andresen

domingo, 17 de março de 2013

ARCO IRIS

Imagem Google

Por Mércia Carvalho

Levante o dedo quem não se apaixonou na adolescência!
Eu tinha treze anos quando me apaixonei platonicamente por um dos meninos da minha turma.

Só recordo que a partir daí deixei as brincadeiras de criança de lado e os meus olhos só enxergavam aquele “brotinho” vestido a “La Roberto Carlos” desde a calça boca de sino, a botinha, o cinto largo, a pulseira, até o cabelo. Sem esquecer o medalhão.

Da turma, ele era um dos mais velhos – imagino que tinha uns dezesseis anos – o mais estudioso, mais educado, mais atencioso e o mais estiloso, também.
Todas as noites a turma toda se reunia na pracinha, até que papai dava a ordem:

- Está na hora. Para casa!

E lá íamos nós, eu e minhas irmãs, dormir, enquanto o resto da turma ficava até altas horas.

A cada final de semana, organizávamos uma “suarê” para dançar e conversar. Cada um levava seus discos de vinil e refrigerantes, enquanto os meninos, além dos discos, se cotizavam e compravam Rum Montilla ou cachaça e faziam a “iniciação alcoólica” com “cuba libre” ou batida de frutas.

E eu lá, sem que ninguém soubesse, de olho comprido. Platonicamente apaixonada. E ele nem me enxergava...

Certo dia, durante um picnic na casa de uma das meninas da turma, cujo quintal mais parecia um sítio, observando de longe percebi que, decididamente, as meninas da turma não eram a praia dele. Ele era estudioso demais, delicado demais, arrumadinho demais... Desapaixonei.

Encontrei-o depois de uns trinta anos, homem maduro, sério e... Assumido!

Demos grandes risadas lembrando e matando a saudade da nossa época.   

Finalmente entendi que ele sempre estivera fora do armário. Só eu não enxergava.

Cest la vie!



sexta-feira, 8 de março de 2013

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Homenagem ao "Dia Internacional da Mulher" pelo poeta Ivam Pinheiro à Nísia Floresta. Essa poesia exalta a grande educadora, escritora e poetisa potiguar que prestou com pioneirismo, um grande serviço a causa do feminismo no mundo - Dionísia Gonçalves Pinto, a Nísia Floresta Brasileira Augusta de Papary, hoje cidade de Nísia Floresta - RN. 


NÍSIA FLORESTA 
Ivam Pinheiro

Apresento-lhes a menina Nísia -
Dionísia Gonçalves de Papary.
Floresta lá do sítio da brasileira
Augusta no vastíssimo mundo.
Nísia é da boa terra livre de Poty.

Fez nas letras a sua bandeira -
cenário de luz e plano de fundo
da forte defesa da emancipação
feminina – e em livro faz opção
pelo justo direito das mulheres.

E negros e índios – sem opressão,
seres todos na igualdade salvos,
em Brasil nacionalista, no nome
dos esforços que à consomem
reza escritora e poetisa brasileira .

A cidadania plena é o que oferece
o valor dessa mulher na educação.
O Opúsculo humanitário é a ação
política e forria para os escravos.
Mundo melhor da paz que cresce.

Veja é Nísia Floresta – O que queres?
- Combater a vil injustiça dos homens.
São conselhos para sua filha - oração
de um mundo melhor e sem agravos,
lutando com paz e amor no coração.