LIBERDADE


"Aqui nesta praia onde não há nenhum vestígio de impureza, aqui onde há somente ondas tombando ininterruptamente, puro espaço e lúcida unidade, aqui o tempo apaixonadamente encontra a própria liberdade."

Sophia de M. B. Andresen

sexta-feira, 28 de junho de 2013

EU NÃO SOU O SEU FILHINHO!

Tomás e  eu

Ele está aqui!
.
Tomás, o meu neto, está passando férias na casa da vovó!  
E, durante exatos 13 dias, estarei em recesso para o mundo externo, aproveitando cada momento desta curta temporada. 
.
O meu pequeno potiguar, mais gaúcho do que nunca, falante feito um papagaio rolé – puxou a mãe – está a coisinha mais linda do mundo. 
.
Não é coisa de avó coruja. Ele é lindo, inteligente, carinhoso, educado, engraçado e como toda criança da sua idade – dois anos e nove meses, feitos hoje – têm suas birras e suas chatices características, nada fora da normalidade. É um “profundo conhecedor” de marcas e modelos de carros. Adora “ler” quando um livro lhe cai às mãos, e vem se chegando pedindo para contar a historinha.
.
Tenho feito tudo para ficar ao seu lado aproveitando cada momento para curti-lo e enchê-lo de mimo e carinho. Agrado-o com guloseimas como biscoitos, chocolates, raivinha e brigadeiro, que ele chama de “negrinho”, para sua sobremesa, que ele só tem direito se comer todo o almoço. 
Estou treinando para quando setembro chegar cuidar dele sozinha – a mãe vai participar de um congresso em Recife –e eu possa adivinhar todos os seus gostos e desejos, - coitada da minha filha, tomara que ela não se lembre da placa do jardim onde se lê: “Na casa da vovó tudo pode”-.  
.
À noite, depois do banho, enquanto o hidrato com creme, ele já se vira para que eu faça um “carinho de gato” nas costas. Mania que passou dos filhos para o neto. Estou ensinando-o a rezar ao deitar e pedir a benção, hábito que tenho até hoje, já tão fora de moda para tantos. 
.
O seu vocabulário é primoroso. Tal qual a mãe quando criança, fala gesticulando e com desenvoltura. Em um dos nossos “papos cabeça” ele se virou para mim e perguntou:
.
- Vovó, a minha mãe também saiu da sua barriga bem pequenininha, como eu quando nasci? Respondi que sim e que Lucinha e Dudu, também. Todos “saíram” da barriga da vovó. 
.
Olhei para Milena interrogativamente e ela disse que a turminha dele havia tido uma aula na creche sobre o assunto. 
.
Sempre que eu o chamo de meu filhinho ele rebate:
.
- Eu não sou o seu filhinho! Sou o filhinho da mamãe. Eu sou o seu netinho!
.
Santa sabedoria...

Nenhum comentário:

Postar um comentário