Mércia Carvalho
Já andei de Norte a Sul deste país atrás da minha filha andarilha.
.
Nascida em Natal, morou em Brasília, Recife, São Paulo, Macapá, São Borja-RS, Parnaíba-PI e, atualmente, Santa Maria-RS, pense numa menina andeja!
.
Não pense que ela é caixeiro-viajante, é professora universitária. Minha filha, quando em busca dos seus objetivos, é a pessoa mais determinada que eu conheço e de quem tenho muito orgulho. Pense numa filha!
.
Sempre que podemos, estamos juntas, independente do lugar em que ela esteja. Largo tudo: casa, trabalho, marido e filhos. Lá vou eu lhe fazer um “carinhosinho” de mãe e, agora, também de avó. Aliás, pelos meus filhos vou até a Konchichina.
.
Por causa dela tenho tido a oportunidade de conhecer esse Brasil.
.
Encantei-me com a região amazônica quando tive oportunidade de conhecer o Amapá. Nunca comi tanto peixe na vida olhando para o rio Amazonas que banha a capital. Até hoje, não esqueço o pirarucu a milanesa com castanha e molho de taperebá – o nosso cajá – prato ganhador de um festival gastronômico e incorporado ao cardápio do Restaurante Cantinho do Baiano em Macapá. Pelo nome percebe-se que o nordestino está em todo lugar...
.
A minha avó paterna, de quem herdei o nome e o gosto pelas comidas exóticas da sua região, me fez adorar pupunha, pato no tucupi, tucunaré, pirarucu e por aí vai. Ela era amazonense.
.
Só espero que um dia a minha andarilha volte ao seu porto seguro, Natal, mas, enquanto isso não acontece eu vou atrás dela.
06/02/2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário