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Já andei de Norte a Sul deste país atrás da minha filha andarilha.
Nascida em Natal, morou em Brasília, Recife, São Paulo, Macapá, São Borja-RS, Parnaíba-PI e, atualmente, Santa Maria-RS, pense numa menina andeja!
Não pense que ela é caixeiro-viajante, é professora universitária. Minha filha, quando em busca dos seus objetivos, é a pessoa mais determinada que eu conheço e de quem tenho muito orgulho. Pense numa filha!
Sempre que podemos, estamos juntas, independente do lugar em que ela esteja. Largo tudo: casa, trabalho, marido e filhos. Lá vou eu lhe fazer um “carinhosinho” de mãe e, agora, também de avó. Aliás, pelos meus filhos vou até a Konchichina.
Por causa dela tenho tido a oportunidade de conhecer esse Brasil.
Encantei-me com a região amazônica quando tive oportunidade de conhecer o Amapá. Nunca comi tanto peixe na vida olhando para o rio Amazonas que banha a capital. Até hoje, não esqueço o pirarucu a milanesa com castanha e molho de taperebá – o nosso cajá – prato ganhador de um festival gastronômico e incorporado ao cardápio do Restaurante Cantinho do Baiano em Macapá. Pelo nome percebe-se que o nordestino está em todo lugar...
A minha avó paterna, ela era amazonense, de quem herdei o nome e o gosto pelas comidas exóticas da sua região, me fez adorar pupunha, pato no tucupi, tucunaré, pirarucu e por aí vai.
Só espero que um dia a minha andarilha volte ao seu porto seguro, Natal, mas, enquanto isso não acontece eu vou atrás dela.
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