LIBERDADE


"Aqui nesta praia onde não há nenhum vestígio de impureza, aqui onde há somente ondas tombando ininterruptamente, puro espaço e lúcida unidade, aqui o tempo apaixonadamente encontra a própria liberdade."

Sophia de M. B. Andresen

segunda-feira, 30 de abril de 2012

PEIXE COZIDO COM PIRÃO COBERTO

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Ingredientes
4 postas de cioba, limpas e lavadas
Água o suficiente
2 tomates cortados em oito pedaços
2 cebolas roxas grandes cortadas ao meio
1 pimentão pequeno cortado em oito pedaços
1 molho de coentro e cebolinha amarrado.
1 colher de chá de vinagre
1 fio de óleo ou azeite
Pimenta de cheiro a gosto
Sal a gosto
Farinha o suficiente para o pirão coberto.

Peixe Cozido
Modo de Fazer
Coloque, em uma panela grande, (para que as postas do peixe não fiquem sobrepostas) a água (proporcional à quantidade de peixe a ser cozido), os tomates, as cebolas, o pimentão, o molho de coentro e cebolinha, a pimenta
de cheiro, o vinagre, o óleo e o sal a gosto e leve ao fogo até levantar fervura.
Deixe ferver por alguns minutos e só então adicione as postas de peixe. Deixe cozinhar por uns 10 minutos com a panela tampada.
Lembre-se que peixe cozinha rápido e depois de cozido deve ser manuseado com muito cuidado para que as postas não se “quebrem”.

Pirão Coberto
Modo de Fazer
O pirão coberto é feito com camadas de farinha e o caldo de peixe fervente.
Em uma tigela coloque um pouco de farinha e cubra com o caldo.
Vá alternando os “punhados” de farinha com o caldo do peixe fervente, sendo a última camada de caldo.
Não precisa mexer.

domingo, 29 de abril de 2012

NHOQUE DE CAMARÃO

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Ingredientes
Massa
3 copos americano de leite
150gr de margarina
½ xícara de chá de queijo parmesão ralado
01 tablete de caldo de camarão
02 batatas cozidas e amassadas
200gr de camarão cozido e triturados
2 1/2 copos de farinha de trigo

Ingredientes
Molho 
Fazer um refogado com:
½ xícara de chá de azeite
01 cebola picada
02 dentes de alho amassados
01 xícara de chá de requeijão cremoso
600gr de tomates bem maduros batidos no liquidificador ou 1 ½ lata de molho de tomate.
½ kg de filé de camarão 
Salsinha a gosto

Modo de Fazer
Massa 
Levar ao fogo o leite, a margarina, o camarão e o caldo de camarão, deixar levantar fervura, juntar a farinha e o queijo ralado, mexendo até soltar da panela.
Sovar bem a massa e enrolar como nhoque.


Molho de camarão
Refogue todos os ingredientes(exceto o camarão)
Deixe apurar bem o molho.
Após o molho apurado, acrescente a salsinha, o camarão e uma xícara de chá de requeijão cremoso.
Coloque em um refratário com um pouco de molho, o nhoque e cubra novamente com o molho, polvilhe queijo ralado e leve ao forno para gratinar.






sexta-feira, 20 de abril de 2012

TAPIOCA SINCERA

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Leonardo Sodré

Durante o carnaval, num exílio espontâneo em Barreta, praia do Litoral Sul, optei por colocar minha leitura em dia. Comecei pelo livro “Agulhas do Desejo”, de Clotilde Tavares. Foi rápido, porque muitas das crônicas presentes no livro eu já havia lido publicadas nos domingos, na Tribuna do Norte.
Uma, entretanto, “Tapioca Sincera”, me deixou com água na boca. Clotilde descreve tão bem como se deve preparar uma tradicional tapioca sertaneja, que a fome vem de pronto. Como num antigo filme sobre a paixão de Cristo – um que durava umas quatro horas – que todo mundo ficava doido para comer o pão da última ceia. Douradinho que só!
Fui dormir pensando na tapioca de Clotilde e quando acordei Mércia perguntou se eu desejava alguma coisa para comer. Juro que não pensei duas vezes quando respondi:
-Eu quero uma tapioca sincera...
-Meu filho – olhos de rapina – eu sou sincera em tudo o que faço!

(Fevereiro de 2005)

HISTORIA DE PESCADOR

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Praieira de nascença e de criação.
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Durante todo o ano não havia um domingo que papai não levasse a sua prole grande, em cima do seu jipe ou camioneta, as praias ou lagoas de Nízia Floresta.
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A princípio, ainda pequenas, eu e minhas irmãs, veraniáva-mos em Tibau do Sul, uma das primeiras casas de veraneio, ainda de taipa, era nossa. Lembro-me que às sextas-feiras, ficávamos em cima da falésia assistindo papai fazer a travessia da Lagoa de Patané, em Surubajá, na canoa de seu João com a nossa feira.
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Lembro-me, ainda, que como o veraneio era longo, de novembro a março, tínhamos aula particular com Maria José filha de seu Quinco. De Tibau, recordo, na minha visão infantil, das festas populares, do Fandango e, principalmente, do Boi de Reis com o seu imenso Jaraguá.
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Depois que meu pai tonou-se comerciante, e com cinco filhos a mais, já não tínhamos um veraneio longo, mas o seu espírito aventureiro de pescador não deixava escapar um só final de semana ou feriado. E lá íamos nós passar o dia na Barreta, deixava-mos o carro em Campo de Santana e escalava-mos o morro com toda a bagagem até a praia, na casa de Zé de Tatá e dona Alzira ou num terreno que ele tinha a beira mar de Camurupim, em frente à Pedra Oca, sem que na volta deixasse-mos de tomar um banho doce na Boa Cica. Era uma verdadeira aventura. Um verdadeiro pic-nic.
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Quando não íamos à praia, íamos às inúmeras lagoas da minha terra, Bonfim, Carcará, Arituba, Boágua... Tínhamos o costume de arrodear à Boágua para colher "guajiru" e papai, como bom desbravador, descobriu na outra margem, à beira da lagoa, um cajueiro grande que, adotado por todos nós, foi limpo e tornou-se o nosso refúgio. Embaixo da sua copa, onde redes eram armadas, sentava-mos a sua sombra para o almoço e a nossa frente uma lagoa linda e limpa onde passávamos o dia a brincar pulando de "trapiche" construído por ele para o nosso lazer, com o tempo tornou-se conhecido como "o cajueiro de seu Ruy".
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Pela infância que tive adoro rios, lagoas e o mar e tudo que deles vêm.




Mércia Carvalho



VIVENDO BARRETA

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VATAPÁ PAPARY

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O “Vatapá Papary” é uma criação de um nisiense famoso, já falecido. Trata-se de uma receita que ganhei de presente há pelo menos 25 anos, durante um agradável almoço no seu restaurante. Todos sabem que Nísia Floresta, a velha Papary, é considerada a terra do camarão, que é abundante na região. 
Vamos à receita:

VATAPÁ PAPARY 

1 kg de filé de camarão médio fresco ou cozido
1 kg de camarão pequeno cozido e moído
3 cocos secos ralados
10 paezinhos dormidos
2 colheres de sopa de óleo
3 colheres de sopa de azeite de dendê
2 cebolas picadas
4 dentes de alho picados
1 pimentão picados
3 tomates picados
1 molho de cebolinha/coentro picado
Pimenta de cheiro a gosto
Pimenta do reino a gosto
Sal a gosto.

Modo de Fazer
1. Faça1 litro de leite de coco grosso e 1 litro fino. Não use o leite de coco industrializado.
2. Umedeça e desmanche os paezinhos com o leite de coco fino e passe pela peneira. Reservar.
3. Faça um refogado com todos os temperos, acrescente 1 kg de camarão moído.
4. Misture ao refogado o pão desmanchado no leite de coco.
5. Deixe cozinhar, acrescentado, aos poucos, o leite de coco grosso.
6. Acrescente1 kg de filé de camarão, a pimenta de cheiro, o azeite de dendê; verifique o sal, deixe que ferva para cozinhar mais um pouco e está pronto.


Mércia Carvalho