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Leonardo SodréDurante o carnaval, num exílio espontâneo em Barreta, praia do Litoral Sul, optei por colocar minha leitura em dia. Comecei pelo livro “Agulhas do Desejo”, de Clotilde Tavares. Foi rápido, porque muitas das crônicas presentes no livro eu já havia lido publicadas nos domingos, na Tribuna do Norte.
Uma, entretanto, “Tapioca Sincera”, me deixou com água na boca. Clotilde descreve tão bem como se deve preparar uma tradicional tapioca sertaneja, que a fome vem de pronto. Como num antigo filme sobre a paixão de Cristo – um que durava umas quatro horas – que todo mundo ficava doido para comer o pão da última ceia. Douradinho que só!
Fui dormir pensando na tapioca de Clotilde e quando acordei Mércia perguntou se eu desejava alguma coisa para comer. Juro que não pensei duas vezes quando respondi:
-Eu quero uma tapioca sincera...
-Meu filho – olhos de rapina – eu sou sincera em tudo o que faço!
(Fevereiro de 2005)
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